Joinville alcança 50% de cobertura de esgoto e avança no saneamento básico |
Bolsonaro nega conspiração golpista e chama acusações de "loucura"
-
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil -
Ex-presidente foi indiciado pela PF por crimes relacionados a tentativa de golpe e organização criminosa
Nesta segunda-feira (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro se manifestou pela primeira vez após ser indiciado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em supostas tramas golpistas. Em declaração à imprensa no aeroporto de Brasília, após retornar de Maceió, Bolsonaro afirmou categoricamente: “Nunca debati golpe com ninguém”.
O indiciamento, enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última semana, inclui Bolsonaro e mais 36 pessoas, entre elas 25 militares e ex-ministros de seu governo, como os generais Braga Netto e Augusto Heleno. Eles são acusados de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.
Bolsonaro rejeitou veementemente as acusações, considerando a ideia de um golpe uma “loucura”. Ele argumentou que qualquer tentativa nesse sentido teria consequências catastróficas para o Brasil.
“Vamos supor até que eu fizesse essa loucura. Como é que fica o Brasil no dia seguinte? O mundo levantaria barreiras contra a gente, vira um inferno aqui. Ninguém quer isso daí”, afirmou o ex-presidente.
Bolsonaro ainda questionou a lógica de um golpe sob sua responsabilidade: “Golpe existe em cima de uma autoridade constituída, que já tomou posse. O Lula já tinha tomado posse? Só se fosse em cima de mim o golpe.”
Apesar do indiciamento pela PF, especialistas jurídicos ressaltam que o documento não equivale a uma condenação. O STF analisará as provas e decidirá se aceita ou não a denúncia, o que pode dar início a um longo processo judicial.
As investigações da PF apontam para articulações de golpe que teriam sido tramadas após Bolsonaro perder as eleições de outubro de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Bolsonaro defendeu que, durante seu governo, todas as medidas analisadas para contestar o resultado eleitoral foram "dentro das quatro linhas" da Constituição, reforçando que jamais considerou alternativas inconstitucionais.
O indiciamento de Bolsonaro ocorre em um contexto político tenso, com o envolvimento de militares e ex-integrantes de seu governo nas investigações. A condução do caso pelo STF será acompanhada de perto, tanto pela população quanto pela comunidade internacional, dada a gravidade das acusações e suas implicações para a democracia brasileira.
Enquanto isso, Bolsonaro segue reafirmando sua inocência, classificando as alegações como infundadas e reforçando sua confiança no processo legal.
Deixe seu comentário